O tal do T R E N Z I N H O...
Em uma manhã fatídica* de segunda-feira, acordei cansada e com vontade de
ficar um pouco mais na cama enganando-me sobre aqueles “cinco minutos mais”...
... como são poucos os ricos, eu levantei capengando para trabalhar –
diga-se levantar atrasada, tomei um
banho às pressas, escovei os dentes, vesti qualquer coisa, ajeitei o cabelo,
mochila, lanchinho da tarde, almoço, chaves, tomei uma xícara de café puro para
despertar e lá vou eu caminhar (correr) por uns 15 minutos até a estação de
trem. Quase sem fôlego, suada, descabelada e com aquela tosse “bonita”... o trem
encosta. Entrei e me acomodei onde pude, abaixei para pegar o celular em um dos
bolsos da mochila e para minha “esperada surpresa” digamos assim, eu esqueci!
Esqueci na correria e em pensamento disse: “Para quem esqueceu o celular por uma semana em cima do micro-ondas num final de semana qualquer, tranquilo”. Aí... entre uma tosse e outra, calor, vagão cheio (lotado), o Tum Tec, Tum Tec do trem, fomos parando lentamente... vários estranhos se olhando, com fisionomia de ponto de interrogação, quando... eis que surge uma voz!
Esqueci na correria e em pensamento disse: “Para quem esqueceu o celular por uma semana em cima do micro-ondas num final de semana qualquer, tranquilo”. Aí... entre uma tosse e outra, calor, vagão cheio (lotado), o Tum Tec, Tum Tec do trem, fomos parando lentamente... vários estranhos se olhando, com fisionomia de ponto de interrogação, quando... eis que surge uma voz!
O Maquinista!
Um cara gente boa, preocupado, um tipo engraçado, ansioso e despreparado,
claro!
Ao fundo ele diz:
“Estamos aguardando liberação para seguir
viagem”
(Passageiros em pausa)
Alguns minutos depois, “quase” mortos de calor, sufocados, sem janelas
para abrir e sem energia para ligar o trem, ficamos totalmente sem AR
CONDICIONADO. Nessas horas eu agradeço a
Deus pelas pessoas que nascem de 7 meses, no fim do vagão ouvia-se uma mulher aos
gritos no celular – “Moço, estamos parados aqui... é aqui, no trem sem ar
condicionado há um tempão... (Enquanto do outro lado da linha, o atendente: Acalme-se
moça... estamos trabalhando para
restabelecer o sistema) e a mulher impaciente: Eu sei Senhor, mas quanto tempo isso vai
levar? Vamos ficar aqui? Sem AR? Pelo amor de Deus, manda alguém, estamos
sufocadoooooos!” (Hi hi hi) Ela estava certa, oras.
Nesse momento aquela voz jovem ecoa de novo. O Maquinista nos avisa:
“Devido uma queda de poste que afetou a rede
elétrica da linha, não será possível prosseguir viagem, peço um pouco de
paciência a todos, o “T r e n z i n h o” vai
encostar para pegar todos os passageiros” (Um sonoro riso no vagão ecoa:
“Trenzinho”?????????? Kkkkkkkkkkkk \o/ \o/ \o/ \o/ )
Gente, o Maquinista disse isso?! Eu não acredito! Ele devia estar nervoso, rs....
Em seguida, de novo: “Estamos aguardando
liberação para abrir um lado das portas, paciência”. Piiiiii....
Xiuxiuxiu... O autofalante chia! Aff... E o povo: ABRE LOGO ESSA M.... !
De novo, o Maquinista:
“Pessoal... o “Trenzinho” já esta a caminho...
(Uma massa inteira de passageiros cai na gargalhada – Meu Deus! O que é issooooo cara? Ôôh, manda um avião, acho que um trenzinho não vai caber todo mundo, kkkkkkk)
Gente parece piada, mas não foi... o Maquinista soltou o "Trenzinho" várias vezes. Fiquei sem palavras, rs...
(Uma massa inteira de passageiros cai na gargalhada – Meu Deus! O que é issooooo cara? Ôôh, manda um avião, acho que um trenzinho não vai caber todo mundo, kkkkkkk)
Gente parece piada, mas não foi... o Maquinista soltou o "Trenzinho" várias vezes. Fiquei sem palavras, rs...
Na sequência:
“Liberado. Porta da esquerda liberada. Peço a todos que se
afastem para abertura da porta do lado esquerdo!”
Ainnnn.... que aflição. Pular na via, ver cada rosto desesperado para
não atrasar no trabalho, uns com amigos, outros com seus pares, outros ligando
para mãe, pai, tio, papagaio... TIRA FOTO, FILMA – posta no Facebook, manda
para o Percival!!! Aff... e EU? Eu estava sem celular, sem CELULAR people!!
Grrrrrrrrrrrr!!
Resolvi ficar dentro do trem ao invés de pular, as portas estavam
abertas mesmo, então... não tem perigo. Outros fizeram o mesmo. Então eu sentei
e esperei.
Logo, eu disse logo mesmo. Foi a primeira vez que vi um problema da CPTM
ser resolvido tão rápido. Logo encostou o trem RESGATE. (Hehe)
Quem saiu, teve que voltar para o trem, quem ficou dentro, foi sortudo!
Eba! EU e um punhado de gente. :) :)
Aí, foi só pular com a ajuda de um segurança. Iupiiii! Sentei de novo.
No TRENZINHO! \o/
No TRENZINHO! \o/
(Obis: Sou daquelas que levantam do assento mesmo sem ser reservado para
dar lugar, ok?) Não pensem mal...
Então, como eu ia dizendo, sentei e esperei até que todos fossem resgatados do outro Trem. As Senhorinhas e as mamães com crianças também foram amparadas por escada e pessoas de bom coração. :) :)
Olho no relógio do celular da moça que esta do lado, Meeeu Deus!!
Atrasadérrima... é hoje que o Chefe mata um!!!
Sorte do dia: A TV estava noticiando o problema, certeza que apitaram no
ouvido dele. O negócio foi relaxar...
Calma... ainda não acabou a minha experiência ...
Continue lendo. \o/
Continue lendo. \o/
Chegando na próxima estação, o Trem PÁRA. Recebe ordens para dar marcha
ré!
J e s u i s !!!!!!
Comecei a demonstrar desespero, senti calafrios e não resisti. Virei para o
lado e sem a menor vergonha pedi o celular da moça emprestado para fazer uma
ligação a cobrar.
Pergunta se eu consegui?
Aff... Não!
A cobrar nem que a vaca tussa!
Nem na empresa, nem em casa... chorei, rs...
Vamos seguindo de ré. E vai... vai.... voltamos uns metros até ir para
o outro lado da linha (correto) e estacionar no lado certo. Fizemos a conexão de uma via para outra e CHEGAMOS!
Gracias, Gracias, Gracias!!!
Que dia, povo. Que dia!
Tirando o incidente de percurso...
... no trabalho, foi tranquilo. Só 40 minutos atrasada. Tudo certo. :)
Eu estou bem, você também. Mais tarde, ainda tive aula do #chateado
(termo usado pelo meu Professor “arrumadinho”)
Foi como sorvete em dia quente. Valeu o dia! Muito gostoso!
Arrivederci! ... porque amanhã é outro dia.
* Fatídico - Adjetivo - Sinistro. Funesto, trágico.
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